Eis o título com que Margarida Alvim, nos convida a reflectir sobre o que não nos deve passar ao lado, ao assistirmos à tragédia em Moçambique.

 

As inundações devastadoras em Moçambique vieram revelar de forma aguda a contemplação proposta pelo Papa Francisco para esta Quaresma: o choro e a impaciência da criação, aguardando a nossa participação. 

Depois de constatar tristemente a perversidade entre causas e efeitos das mudanças climáticas – «os que menos contribuem para a emissão de gases com efeito de estufa [são] quem mais sofre os impactos dos desequilíbrios ambientais» –, sublinha a interpelação a uma mudança: «desafiando à comunhão, ao despojamento, à conversão a um outro paradigma de sociedade, a outro estilo de vida».

Seguindo esta linha, Margarida Alvim refere Pedro Walpole sj, que recentemente, em Portugal, disse que conversão ecológica e transformação social devem ser trabalhadas em conjunto, como, aliás, o Papa referiu repetidamente na Laudato Si’. E menciona também os muitos milhares de jovens que saíram à rua por todo o mundo, assim como o recente encontro em Washington em preparação do sínodo sobre a Amazónia que decorrerá em Outubro.

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