“Agradeço a todos vós por se reunirem para ‘ouvir com os vossos corações’ os gritos cada vez mais desesperados da Terra e dos seus pobres, que procuram a nossa ajuda e responsabilidade”, disse o papa Francisco dirigindo-se aos participantes na conferência internacional que assinalou os três anos da Laudato Si’, recordando o desafio da encíclica à mudança e a uma conversão ecológica e o princípio de que “está tudo ligado”, no qual se centra a ecologia integral.

Afirmando que “há um perigo real de que venhamos a deixar às gerações futuras apenas ruínas, desertos e lixo”, Francisco expressou a sua “esperança de que a preocupação pelo estado a nossa casa comum se traduzirá em esforços sistemáticos e concertados, visando uma ecologia integral” e sublinhou que “não podemos perder tempo”. “Estados, poder local, sociedade civil e instituições económicas e religiosas podem promover a cultura e prática de uma ecologia integral”; “é necessário mudar o paradigma financeiro a fim de promover um desenvolvimento humano integral”; o que há a fazer pressupõe uma “transformação a um nível mais profundo, nomeadamente uma mudança dos corações e das mentes” – foram mais algumas das suas recomendações.

Por fim destacou que “o diálogo e o compromisso com a nossa casa comum devem dar um lugar especial a dois grupos de pessoas […]: jovens e populações indígenas, em particular as da Amazónia” (que estarão no centro dos dois próximos sínodos da Igreja Católica).

A terminar, Francisco reiterou que a “esperança se baseia na nossa fé no poder do Pai celeste”: “No coração do mundo, o Senhor da vida, que nos ama tanto, está sempre presente. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque se uniu definitivamente à nossa terra, e o seu amor impele-nos constantemente a encontrar novos caminhos para ir em frente” (LS, 245). Texto na íntegra.

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