Foi de facto um dia em cheio o encontro Também somos Terra, que se realizou no dia 21 de Setembro de 2019, no Linhó.

As irmãs Doroteias receberam o grupo de cerca de 50 pessoas com notável hospitalidade e uma generosidade tocante. Nem as bátegas de água que, de vez em quando, se abatiam sobre o local fizeram esmorecer o ânimo e boa disposição reinantes.

Da parte da manhã, Luísa Ribeiro Ferreira e Juan Ambrósio mantiveram os participantes suspensos das suas palavras, em duas intervenções de grande interesse, subordinadas ao tema “Porque as coisas podem mudar! Caminhos para a ecologia integral”.

O almoço partilhado foi ocasião de tomar atenção às boas práticas, recusando plásticos de utilização única, por exemplo. Destacavam-se os numerosos cestos com as merendas, as toalhas coloridas e os guardanapos de pano. Havia uma regra proposta de antemão: devia-se deixar tudo como estava e, por isso, até os resíduos que houvesse no fim da refeição deviam ser levados por cada um, e não deixados em qualquer dos caixotes do lixo ali existentes. Correu tudo exemplarmente. Foi um convívio muito animado, com conversa informal e boa disposição a rodos, mas também aproveitado para se conhecer quem vinha de lugares diferentes, para contar outras vivências, etc.

À tarde, sucederam-se as apresentações e testemunhos de três focos de conversão ecológica.

  • O focus de Marvila explicou entre outas coisas como promove a compostagem; o adubo obtido é entregue a pessoas que cultivam hortas urbanas locais e que, depois, dão parte dos seus produtos, os quais são encaminhados para famílias carenciadas. É “produção circular”, como lhe chamaram.
  • O grupo de Alfragide, que se constituiu pouco antes da dispersão das férias, planeia agora ganhar pés para andar e tratar de “contagiar” a paróquia e arredores com o “bichinho” da consciência e das práticas de ecologia integral.
  • O foco de conversão integral do Campo Grande, que exibia orgulhosamente as suas t-shirts, revelou o seu empreendedorismo, de que se destacou a realização, em Junho passado, do Festival da Criação, organizado com crianças da catequese e jovens da paróquia.

O diálogo que acompanhou estes testemunhos foi espontâneo, denotando o interesse suscitado. Ficou patente como estes grupos começam por se aperceber que interessa aprofundar o conhecimento da Laudato si’, antes de aplicarem as suas capacidades em fazer um caminho de descoberta e mudança e em mobilizar as pessoas em redor para o desafio que assumiram inspirados pela encíclica.

Seguiu-se uma actividade descontraída – Somos rede –, em pequenos grupos que iam desenhando umas teias coloridas, ao mesmo tempo que cada participante pensava e apresentava um ou dois compromissos mais pessoais ou a pensar nos outros.

O encontro terminou com uma celebração ecuménica, preparada por João Luís Fontes do Fórum Ecuménico Jovem, e a pastora Eva Michel, da Igreja Metodista; participou também a presbítera Ilma Rios, da Igreja Lusitana, e o acompanhamento musical foi assegurado por Pedro Fontes. Houve um tempo de oração com viva participação de tod@s @s presentes, que, no final, diziam ter gostado imenso e até que desejavam que se realizasse mais vezes.

Estão disponíveis inúmeras fotografias tiradas ao longo do dia no facebook. A Agência Ecclesia fez uma reportagem sobre o evento.

 

 

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