Suster o aquecimento global em 1,5º C é também um imperativo moral e religioso, não apenas físico, diz o cardeal Peter Turkson.

Crianças da Amazónia

Numa mensagem dirigida à comunidade científica quando passavam quatro anos da publicação da carta encíclica Laudato si’, e no dia da segunda greve mundial dos estudantes, o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano, afirma que limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus Celsius, além de ser uma questão física urgente, constitui também um imperativo moral e religioso. Moral, porque é a forma de evitar maiores danos catastróficos que afectarão milhões de pessoas, e com particular incidência nas populações mais pobres e vulneráveis, que são quem paga o preço mais elevado das alterações climáticas. E religioso na medida em que a destruição a que se assiste são danos causados pela humanidade ao mundo que lhe foi dado pelo Criador.

O cardeal Turkson solidariza-se com os jovens e lembra a Geração Laudato Si, saída das Jornadas Mundiais da Juventude no Panamá, com um manifesto exigente a reclamar mudanças drásticas sem demora. Diz ainda: «Cada um de nós é chamado a agir. Mas temos também de entrar em acção em conjunto, a partir dos governos e das instituições até às famílias e às pessoas: precisamos de todos os braços disponíveis.» E, antes de terminar, questiona: «Para enfrentar esta crise climática alarmante, é preciso mobilizar vontades e decisões, bem como recursos económicos em vasta escala. Foi o que aconteceu por ocasião da crise financeira de 2007-2008 para salvar os bancos: não é possível refazê-lo agora para salvar a nossa casa comum, o futuro dos nossos filhos e das gerações futuras?» [Ler mais]

 

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