Na mensagem dirigida pelo Papa ao patriarca ortodoxo Bartolomeu I, por ocasião do simpósio ecológico internacional realizado em Atenas de 5 a 8 de Junho – “Toward a Greener Attica: Preserving the Planet and Protecting its People” –, Francisco retoma a preocupação já expressa na Laudato Si’: “Podemos estar a condenar as gerações futuras a uma casa comum em ruínas” (cf. LS 160). A crise ecológica, continua o Papa, deve levar-nos a fazer um sério exame de consciência relativamente à protecção do planeta confiado ao nosso cuidado (cf. Gn 2,15).
A criação deve ser “vista como uma dádiva partilhada e não como uma possessão privada”; a crise que enfrentamos nasceu de o homem “aspirar a controlar e explorar os recursos limitados do nosso planeta, ao mesmo tempo que ignora os membros vulneráveis da família humana” (cf. LS 2).
Cuidar da criação cabe a todas as pessoas de boa vontade, mas dos cristãos espera-se uma resposta inequívoca. Assim, o papa Francisco expressa a sua esperança em que comunidades cristãs e pessoas de boa vontade colaborem activamente a nível local no cuidado da criação e para um desenvolvimento integral e sustentável.