O papa Francisco, no seu estilo incisivo, voltou a afirmar esta semana (8jun19) que há muito por fazer e que é urgente uma “mudança de rumo”.
O seu discurso dirigia-se aos participantes de uma conferência internacional da Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, com o tema: A doutrina social da Igreja das raízes à era digital: como viver a Laudato si’. Falou do que já se fez nos quatro anos que passaram sobre a publicação da carta encíclica, mas também da falta de progressos, ou mesmo retrocessos. E afirmou: «A Laudato si’ não é uma encíclica “verde”: é uma encíclica social. Não esqueçam isto.»
Depois sublinhou que é necessária uma conversão, para uma mudança de rumo, com «uma renovada visão ética, que saiba colocar no centro as pessoas, com a intenção de não deixar ninguém nas margens da vida». A ecologia integral a que somos chamados é um dever. E «é cada vez mais urgente».
A terminar recordou o que escreveu no fim da Laudato si’: Ainda que esta tarefa possa intimidar-nos, instigo-vos a não perder a esperança, porque esta esperança se funda no amor misericordioso do Pai celeste. Ele, «que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos» (Ls 245).