A Humanidade esgotou os recursos naturais disponíveis para este ano no dia 29 de Julho, três dias mais cedo do que no ano passado.
De acordo com a estimativa da Global Footprint Network, a organização que faz este estudo (Público, 28jul2019), terminaram nesse dia os recursos naturais que seria possível renovar num ano. Todos os anos, esta data, da chamada “sobrecarga da Terra”, se verifica uns dias antes em relação ao ano anterior. O planeta entrou em défice ecológico no início dos anos 70 e, desde o princípio do século, já antecipámos esse dia cerca de três meses. “A tendência tem sido accionar o cartão de crédito ambiental cada vez mais cedo, não obstante todo o discurso político e público sobre economia circular e neutralidade carbónica”, refere a organização ambientalista Zero.
“Actualmente, considerando a média mundial, estamos a consumir cerca de 1,75 planetas com a nossa voracidade de produção e consumo. A sobrecarga só é possível porque estamos a esgotar o capital natural da Terra, o que põe em causa o futuro da humanidade”, alerta a Zero.
Portugal já está a consumir as reservas desde 26 de Maio, o que significa que antes do meio do ano, e 21 dias mais cedo do que em 2018, já tínhamos esgotado os recursos naturais que deviam chegar até ao fim de Dezembro para garantir a sustentabilidade.
A Zero propõe que se adoptem com urgência novas práticas que contrariem os gastos excessivos, sobretudo nas duas actividades humanas com maior efeito na pegada ecológica dos portugueses: consumo de alimentos (32%) e mobilidade (18%). Para além disso, preconiza o que chama “democratização da sustentabilidade” e sugere que se opte por “dar um passo de cada vez”, tendo em vista contribuirmos para um melhor futuro para todos.