Nesta página irão ser disponibilizados, diariamente, textos de alguns membros e amigos, que assim nos desafiam a reflectir e continuar a dar passos de conversão ecológica. 

 

Martin Fuhrmann-Pixabay

Textos partilhados

 

> 22 de maio de 2022

Neste primeiro dia da Semana Laudato si’, cujo tema é Escutando e Caminhando juntos, apresentamos três provisões para quem meter pés ao caminho, partilhadas com toda a simplicidade.

O poema «Mãe Terra», vem do focus ecológico de Marvila, «feito com a particular sensibilidade e simplicidade da nossa Irmã Aida».

O texto «Integridade da Criação» é assinado pela ir. Julieta Mendes Dias, ircm, e aponta para a relação entre a preservação da natureza e a paz, interrogando ainda:

E se a harmonia das origens não tiver sido algo perdido, mas horizonte a alcançar através de uma acção de respeito, cuidado e desenvolvimento da terra como uma bela habitação (oikos) do ser humano?

A terceira provisão é um guião para a devoção do rosário na Semana Laudato Si’.

 

> 23 de maio

Nesta segunda-feira, propomos mais dois textos: o primeiro chega do foco de conversão ecológica de Portalegre e é desafiante; o segundo, foi-nos dirigido há mais de trinta anos e tem uma actualidade impressionante (e, de certo modo, lamentável):

“Os descartados, hoje” é o título da reflexão partilhada pelo Foco São Mamede, de Portalegre, que convida à conversão e à paz.

Decerto poucos se lembram de que o papa João Paulo II, na sua mensagem para o Dia da Paz de 1990, salientava a interdependência entre a paz e a Integridade da Criação. E começava assim:

Observa-se nos nossos dias uma consciência crescente de que a paz mundial está ameaçada, não apenas pela corrida aos armamentos, pelos conflitos regionais e por causa das injustiças que ainda existem no seio dos povos e entre as nações, mas também pela falta do respeito devido à natureza, pela desordenada exploração dos seus recursos e pela progressiva deterioração da qualidade de vida. Semelhante situação gera um sentido de precariedade e de insegurança, que, por sua vez, favorece formas de egoísmo colectivo, de açambarcamento e de prevaricação.

Sugerimos a leitura da mensagem completa. Lida com vagar, abre-nos uma reflexão rica e aprofundada sobre o sentido da Criação e o nosso lugar e responsabilidade. E muito mais…

 

> 24 de maio

A leitura que propomos hoje é outra mensagem para o Dia da Paz, esta de Bento XVI, do ano de 2010, igualmente oportuna, como sobressai em muitas passagens, senão vejamos:

  • é indispensável que a humanidade renove e reforce «aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho»;
  • o desenvolvimento humano integral está intimamente ligado com os deveres que nascem da relação do ser humano com o ambiente natural, considerado como uma dádiva de Deus para todos, cuja utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente os pobres e as gerações futuras;
  • a degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes.

A mensagem integral contém muita lenha para alimentar em nós a chama da conversão ecológica.

 

> 25 de maio

«Como gosto de céus», diz-nos a autora do texto  e fotografias aqui partilhados, contando a sua experiência de caminhar junto e levantar o olhar.

 

> 26 de maio

“Desenhar um mundo mais justo, ecológico e solidário” é o título de um texto de António Matos Ferreira, publicado recentemente no 7Margens, que nos interpela sobre o nosso compromisso concreto a favor de uma redistribuição justa e adequada, lembrando que «a resposta aos problemas começa em cada um de nós».

Eis alguns excertos:

  • A solidariedade não se pode alcançar sem graus significativos de abdicação. Uma parte significativa da humanidade vive em condições sofridas pela ambição e pela desmesura de outros, poucos, dos quais, eu que escrevo e, provavelmente, alguns que possam ler estas linhas fazemos parte. A liberdade respeita o que se pretende alcançar e realizar. O que cada um de nós quer realmente da vida? A resposta aos problemas começa em cada um de nós.
  • Não se trata de ideologias, mas de práticas. A responsabilidade pelo que acontece também se constrói e se aprofunda. Contrariar a fatalidade não resulta somente do que os outros são ou constroem, mas respeita a capacidade de resistência de cada um, de individualmente potenciar a disponibilidade para assumir as consequências dos atos de liberdade e de solidariedade. Estas são práticas do quotidiano.
  • Quanto do que acontece decorre da defesa do nosso bem-estar, da nossa indiferença, de uma cultura reivindicativa, mas não de redistribuição justa e adequada?

Entrevista a ouvir – Miguel Serra, professor de Educação Moral e Religiosa Católica e membro da REDE, foi entrevistado no programa Ecclesia, a propósito da Semana Laudato Si’ e pelo seu trabalho em torno das questões ecológicas.

 

> 27 de maio

Na celebração ecuménica de ontem, na Capela do Rato, escutámos, pela voz de Júlio Martín, «Poema Criador |primeiro dia», de Rui Santiago, cssr. Também se pode assistir a esse momento através da gravação da vigília na nossa página do facebook, no segmento temporal entre os minutos 13’45” e 18’55”.

 

> 28 de maio

Quase a terminar os oito dias, temos uma proposta que recentra no essencial, ponto de partida para um caminho novo e que se vai renovando à medida que o percorremos: A ecologia integral. O texto foi disponibilizado pela Fundação Gonçalo da Silveira.

 

> 29 de maio

E termina a Semana Laudato Si’, cujo tema foi “Escutar e caminhar juntos”. Se escutamos, chega até nós o clamor da Terra e o clamor dos pobres. As coisas têm de mudar. Há quem, incrédulo, se interrogue: o que posso eu fazer? Cada um(a) por si pode fazer a diferença; juntos, faremos a mudança!

BOA SEMANA LAUDATO SI’!!!

 

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