A Repam quer ver encarnado o cuidado da Casa Comum e uma conversão sócio-ambiental na Pan-Amazónia, pondo-se ao serviço dos seus povos.
Ecologia Integral: uma resposta sinodal da Amazónia e de outros biomas/territórios chave para o cuidado da nossa casa comum – é o extenso título do encontro que decorre esta semana em Georgetown, Washington, e que pretende ser uma contribuição para o Sínodo dos Bispos sobre a Amazónia.
Coordenado pela Rede Eclesial Pan-Amazónica (Repam) e contando com vários apoios significativos, tem como objectivo dar uma resposta à necessidade urgente de agir como humanidade enfrentando o futuro do planeta. Só a Pan-Amazónia ocupa 43 por cento da superfície da América do Sul, concentra 20 por cento da água doce não congelada da Terra e 34 por cento das florestas primárias do planeta, que abrigam 30-50 por cento da fauna e flora do mundo, como explica Luís Miguel Modino, num artigo a ler por inteiro no 7Margens.
«É absolutamente urgente e até mesmo imperativo que a Laudato Si’ se faça vida, que se sustente ao longo do tempo e se torne uma característica fundamental e inerente a toda a nossa tarefa eclesial», como reconheceu Mauricio López, secretário executivo da Repam, fazendo notar que outras redes estão nascendo noutras partes do mundo. Em Georgetown a metodologia de trabalho é ver-julgar-agir e «também se pretende concretizar de forma territorial, com uma perspectiva de teologia da encarnação, o apelo do papa Francisco à conversão ecológica».
Para Mauricio López, os três dias de debate são «um grito de vida, um grito antes da mudança». «Queremos ter um eco global, acompanhando o papa Francisco e afirmando que a Laudato Sí’ simplesmente não pode morrer, nós simplesmente não podemos permitir que ela se apague, tem de se tornar um elemento orgânico da nossa própria identidade», enfatiza.