22 de Abril é Dia da Terra. Já não é preciso chamar a atenção, mas interessa questionar e reclamar respostas efectivas para o que se passa com o Planeta. Chega de empatar.

 

Foi há 50 anos que foi criado o Dia da Terra, para levar as pessoas a tomar consciência dos inúmeros problemas que afectavam a terra, a água e o ar e destruíam ou ameaçavam ecossistemas e a diversidade das espécies. Tornava-se patente que o Planeta e a vida que ele hospeda estavam a ser muito maltratados. Em1992, realizou-se a Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro. Na altura teve bastante eco, mas depois continuaram adiadas, em grande parte, as medidas que poderiam suster ou contrariar os danos. Decididamente, a espécie humana, em vez de usar e cuidar dos recursos que a Terra lhe oferecia, tornara-se predadora e parecia disposta a continuar por mau caminho.

No ano 2000, foi publicada a Carta da Terra, que enunciou um conjunto de princípios para nortear a sociedade global do século XXI. Mas os problemas persistiam e agudizavam-se mesmo. Então, há cinco anos, o papa Francisco ofereceu-nos a carta encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da casa comum. Alerta para problemas de âmbito ambiental, graves questões sociais e questões de ordem espiritual – «tudo está interligado». Ressaltam da sua exposição conceitos como “ecologia integral” ou “conversão ecológica”, numa proposta construtiva de mudanças profundas que permitam uma harmonia fraterna entre todas as criaturas, cuidando da dávida extraordinária da criação com todos os recursos que nos proporciona.

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A Carta da Terra

Da Laudato Si’, interpelações para o Dia da Terra

Uma homilia que actualiza a reflexão

 

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