No seguimento da recomendação do IPCC para que não se deixe o aumento da temperatura global do Planeta ultrapassar 1,5ºC, seis bispos que representam as confederações continentais das Conferências Episcopais católicas assinaram uma declaração e apelo da Igreja aos responsáveis governamentais pedindo medidas urgentes para as mudanças radicais que têm de ser concretizadas com determinação e sentido de justiça.
Diante da crescente urgência da actual crise ecológica e social, e inspirados pelo trabalho de campo realizado nos últimos três anos por tantos agentes corajosos em todo o mundo – dentro e fora da Igreja Católica – para promover e “viver” as mensagens contidas na carta encíclica Laudato Si’, nós pedimos que sejam tomadas medidas ambiciosas e imediatas para atacar e superar os efeitos devastadores da crise climática. Tais medidas precisam ser tomadas pela comunidade internacional em todos os níveis: individual, comunitário, municipal, regional e nacional.
Sublinham alguns princípios e ideias norteadoras:
- Urgência: “O tempo é um luxo ao qual não podemos nos dar.”
- Justiça intergeracional: “Os jovens exigem de nós uma mudança” (LS 13).
- Direitos humanos e dignidade humana: especialmente os mais vulneráveis devem sempre estar no centro da agenda climática.
E reclamam políticas que tomem em conta:
- 1,5°C para conservação da vida;
- uma mudança de rumo profunda e durável, mudança dos corações e das consciências;
- tradições e conhecimento das comunidades indígenas, que devem ser ouvidas e defendidas;
- mudança necessária do paradigma financeiro;
- transformação do sector energético e “fim da era dos combustíveis fósseis”;
- repensar o sector agrícola.
Esta iniciativa teve o apoio da CIDSE, da Caritas Internationalis e do Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM)
Ler mais: notícia da Ecclesia, comunicado de imprensa das organizações apoiantes.