Este é o título do novo documento sobre a água, publicado há dias pela Santa Sé, com indicações claras para toda a Igreja sobre o uso e gestão da água.

 

Aqua fons vitae. Orientações sobre a água, símbolo do choro dos pobres e do choro da Terra foi publicado (por enquanto só em inglês) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Vem no seguimento da carta encíclica Laudato Si’ e propõe «uma reflexão muito ampla sobre a água e os desafios que representa para a humanidade e o meio ambiente».

Contém, indicações e sugestões para que todas as instituições e estruturas diversas da Igreja adoptem medidas e práticas para evitar o desperdício de água. Por exemplo, refere os alimentos confeccionados e não aproveitados e chama a atenção para a água que se gastou inutilmente na sua preparação. Também propõe que se deixe de usar garrafas de plástico, se promova a separação de resíduos e se invista em sistemas amigos do ambiente.

Considerando a água um bem comum, a que todos devem ter acesso, deixa muitas reticências quanto à sua privatização e o perigo de interesses privados se apoderarem esse recurso escasso. Salienta que na crise actual se assiste mesmo a situações desesperadas em que as entidades sanitárias se confrontam com falta de água de qualidade.

Aqua fons vitae considera três perspectivas distintas que apresenta em três partes: a água para uso humano; a água utilizada em muitas atividades humanas, nomeadamente, a agricultura e a indústria; e a água em rios, aquíferos subterrâneos, lagos e, sobretudo, oceanos e mares. Um último capítulo propõe uma reflexão sobre educação e integridade.

Encontra o documento aqui (por enquanto só em inglês) e mais informação no 7 Margens. Pode ler ainda, a propósito do tema, neste site, Alerta para os recursos hídricos e Dia Mundial da Água, 22 de Março.

 

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