«Perante uma emergência climática, devemos tomar medidas adequadas, para poder evitar cometer uma grave injustiça em relação aos pobres e às futuras gerações.»

 

São palavras do papa Francisco na audiência aos participantes no Encontro promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral com os responsáveis de topo das empresas petrolíferas mundiais. O tema do Encontro, que se realizou em 14 junho 2019, foi “A transição energética e a protecção da casa comum”.

Eis mais dois excertos do discurso de Francisco:

Perante uma emergência climática, devemos tomar medidas adequadas, para poder evitar cometer uma grave injustiça em relação aos pobres e às futuras gerações. Devemos agir responsavelmente pensando bem no impacto das nossas acções a curto e a longo prazo.

Com efeito, são os pobres que sofrem o pior impacto da crise climática. Como mostra a situação atual, os pobres são os mais vulneráveis aos furacões, à seca, às inundações e aos outros eventos climáticos extremos. Por isso, sem dúvida que é preciso coragem para responder «ao grito cada vez mais desesperado da terra e dos seus pobres» [1]. Ao mesmo tempo, as gerações futuras estão em vias de herdar um mundo muito arruinado. Os nossos filhos e netos não deveriam ter de pagar o custo da irresponsabilidade da nossa geração. Peço desculpa, mas desejo sublinhar isto: eles, os nossos filhos, os nossos netos, não deverão pagar, não é justo que eles paguem o preço da nossa irresponsabilidade. De facto, como está a tornar-se cada vez mais evidente, os jovens exigem uma mudança (cf. Laudato si’, 13). «O futuro é nosso», gritam os jovens hoje, têm razão!

[…] o tempo está a esgotar-se! As reflexões devem ir além de meras procuras do que se poderá fazer, para se concentrarem no que é preciso fazer de hoje em diante. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar que sejam outros a adiantar-se, ou considerar que a prioridade são os benefícios económicos de curto prazo. A crise climática exige de nós uma acção determinada, aqui e agora (cf. ibid., 161), e a Igreja está plenamente empenhada em fazer a sua parte.

 

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