Do aumento continuado de dióxido na atmosfera a possíveis soluções, uma visão abrangente…

 

O The Guardian apresentou recentemente um conjunto de gráficos, muito elucidativos, sobre a crise climática, vista da perspectiva de causas, de consequências e também de dados positivos para a contrariar. Náo nos é possível reproduzir os gráficos, que se encontram aqui, mas deixamos traduzidos os pequenos textos que os acompanham e que, só por si, dão ideia do que se passa.

[Do aumento continuado de dióxido na atmosfera a possíveis soluções, um trabalho de Damian Carrington e Cath Levett]

Milhares de milhões de toneladas de dióxido de carbono são emitidas para a atmosfera todos os dias, provenientes da queima de carvão. petróleo e gás.

O problema ‒ aumento do dióxido de carbono na atmosfera

O nível de CO2 tem vindo a subir desde a revolução industrial e está agora no seu máximo desde há quatro milhões de anos. O ritmo da subida é ainda mais impressionante ‒ o mais rápido desde há 66 milhões de anos ‒ o que leva os cientistas a dizer que nos encontramos em “território desconhecido”

As causas ‒ queima de combustíveis fósseis

Milhares de milhões de toneladas de CO2 são enviados para a atmosfera todos os anos, devido à queima de carvão, petróleo e gás. Não se vêem sinais de estas emissões começarem a diminuir rapidamente, tal como é necessário.

As causas ‒ destruição da floresta

O abate das florestas por causa da madeira, do gado, da soja e do óleo de palma contribui em larga escala para as emissões de carbono. É também uma causa importante da dizimação da vida selvagem na Terra.

As consequências ‒ subida da temperatura global

A temperatura média do planeta começou a subir de forma constante há dois séculos, mas disparou desde a II Guerra Mundial, à medida que aumentavam o consumo e a população. O aquecimento global significa que há mais enegia na atmosfera, tornando mais frequentes e mais intensas as ocorrências climáticas extremas.

As consequências ‒ gelo a derreter na Gronelândia

A Gronelândia já perdeu quase quatro biliões de toneladas de gelo desde 2002. Cadeias de montanhas dos Himalaias aos Andes, passando pelos Alpes, estão também a perder gelo rapidamente, à medida que os glaciares diminuem. Um terço do gelo dos Himalaias e do Hindu Kush já está condenado.

As consequências ‒ subida dos níveis do mar

Os níveis do mar estão a subir inexoravelmente à medida que o gelo na terra derrete e se expandem oceanos mais quentes. Os níveis do mar respondem lentamente ao aquecimento global, por isso, mesmo que a subida da temperatura seja limitada a 2ºC, uma em cada cinco pessoas no mundo acabará por ver a sua cidade submersa, de Nova Iorque a Shanghai, passando por Londres.

As consequências ‒ A diminuição do gelo do Oceano Árctico

Quando o aquecimento derrete o gelo do mar, as águas escuras desveladas absorvem mais calor do sol, causando ainda mais aquecimento ‒ um exemplo dos círculos viciosos no sistema climático. Os cientistas pensam que as alterações no Árctico podem ser responsáveis pelas ondas de calor e inundações mais graves na Eurásia e na América do Norte.

Positivo (I) ‒ a energia eólica e solar está a crescer em flecha

Enormes quedas dos preços viram as energias renováveis tornarem-se as mais baratas em muitos lugares e prevê-se que esta tendência continue. Os analistas esperam também que baixe o uso do carvão. Mas ainda é necessária muita acção por parte dos governos, para resolver problemas difíceis como o da aviação e o da agricultura.

Positivo (II) ‒ veículos eléctricos

A frota global de carros e carrinhas eléctricos é ainda pequena comparada com a dos movidos a combustíveis fósseis. Mas as vendas estão a crescer a olhos vistos. Os carros eléctricos são mais baratos na utilização, o que sugere que se tornarão dominantes.

Positivo (III) ‒ custos das baterias

As energias renováveis são intermitentes, dependendo de brilhar o sol ou soprar o vento. Por isso, o armazenamento é vital e o preço das baterias está em descida acentuada. Mas outras tecnologias, como a da geração de hidrogénio, serão igualmente necessárias.

 

Share